Publicado em 14 de abril de 2022
O crescimento do setor elétrico, para suprir as demandas cada vez maiores, é um dos principais fatores que precisa ser levado em consideração durante o processo de inovação digital da área. De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), 200 novas usinas entraram em operação apenas em 2021, com intuito de atender até 17 milhões de domicílios.
Conforme o Plano Nacional de Energia de 2050, também do MME, o setor de energia elétrica deve crescer 3,3 vezes até a data de 2050. Nessa perspectiva, ações concretas para otimizar atividades e processos são essenciais para geração, transmissão e distribuição de energia.
O Analista de Negócio do Instituto Atlântico, Daniel Colaço, explica que em paralelo a isso, com a adesão de 190 países aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU, acelerou-se o processo de transição energética e aumentou a importância deste setor, fazendo com que a produção de energia por fontes limpas aumente e o uso de combustíveis fósseis diminua.
Desse modo, este artigo tem como objetivo elucidar as principais tendências para o setor elétrico.
Conforme o especialista do Instituto Atlântico, Daniel Colaço, o setor elétrico passa por uma modernização por meio de novas tecnologias, modelos de negócios e novos serviços. No Brasil, o cenário não é diferente, com as companhias de energia e o governo tentando acompanhar a evolução mundial.
Para que isso seja possível, a legislação atual se adequa ao cenário do mercado, bem como fomenta a parceria com a Academia e os Institutos de Ciência e Tecnologia. Com isso, temos uma estratégia de transição energética que está pautada no que chamamos de energia 3D: Descentralizada, Descarbonizada e Digitalizada.
“Os 3 “Ds” mostram uma tendência do uso mais eficiente dos recursos energéticos, da redução do uso de combustíveis fósseis como fonte de energia, bem como uma maior automação e digitalização de processos, controles e serviços. Dessa forma, temos o aumento da eficiência energética e da confiabilidade e segurança do sistema elétrico, assim como a diversificação e melhoria dos serviços das empresas que atuam no setor”, reforça Daniel.
Para entender melhor sobre cada um, continue a leitura do texto.
A descarbonização propõe a diminuição da geração de energia elétrica por meio de combustíveis fósseis. Em contrapartida, incentiva o uso de fontes alternativas de energia, como a solar e a eólica.
No território brasileiro, a prática é impulsionada pela assinatura do Acordo de Paris, que visa reduzir ao máximo a emissão de gases de efeito estufa. Nesse sentido, o Brasil possui uma série de indicadores em vários âmbitos que precisam ser alcançados até a data de 2030.
Partindo da premissa anterior, a descentralização de energia refere-se à diversificação da matriz energética brasileira, crescimento da geração distribuída e evolução de tecnologias como as de armazenamento de energia elétrica tornando-se mais acessíveis. Assim, teremos uma geração energética bem mais distribuída.
Neste cenário, os usuários não são apenas consumidores de energia elétrica, mas também passam a ter a capacidade de produzir e fornecer energia elétrica, assim como de escolher o seu fornecedor e o tipo de energia, de acordo com sua origem e preço.
A transformação digital do setor elétrico é um dos pilares da evolução deste segmento, tornando possível acompanhar novos modelos de negócios de uma forma mais eficiente. O processo de digitalização trata-se da aplicação de um conjunto de tecnologias digitais voltadas ao aprimoramento da geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
Com o auxílio dessas tecnologias, como Inteligência Artificial e a Internet das Coisas, espera-se que haja um aumento da eficiência energética, da confiabilidade e da segurança do sistema elétrico, adequando o segmento aos seus desafios e anseios da comunidade.
Para saber mais sobre essas inovações digitais que são tendências do setor elétrico, confira a leitura abaixo.
São vários os benefícios de implantar a Inteligência Artificial (IA) no gerenciamento da energia elétrica. Entre elas podemos citar a eficiência energética e operacional, redução de custos e uma maior produtividade da área.
Assim, soluções de IA são aplicadas no aprimoramento de processos relacionados ao setor, como manutenção preditiva, continuidade de fornecimento e até mesmo no atendimento ao cliente.
A tecnologia também pode ajudar no monitoramento do consumo de energia e combate a fraudes, por meio do impulsionamento da coleta de dados e controle, permitindo a identificação de pontos de melhoria dentro de diversas áreas e a execução de ações mais assertivas.
De acordo com Daniel Colaço, Analista de Negócio do Instituto Atlântico, essas tecnologias também trazem benefícios à população em geral, como:
O desenvolvimento da Internet das Coisas (IoT) já é uma realidade que deve ser fomentada cada vez mais no setor elétrico. Capaz de elevar o nível de monitoramento e controle da geração, transmissão, distribuição e do consumo de energia, contribuindo para uma operação mais eficiente. Além disso, se tem a redução de custos e aumento da qualidade dos serviços das empresas do setor.
Devido a distribuição de energia no Brasil ser realizada em lugares remotos e de difícil acesso, a IoT se torna uma importante aliada nesse quesito. Isso porque as empresas podem monitorar em tempo real as redes de energia, mesmo nas regiões mais distantes. Desse modo, é possível identificar e rastrear com mais facilidade problemas ao longo do sistema elétrico, como um transformador ou um cabo com defeito, por exemplo.
O Instituto Atlântico, com mais de 21 anos de experiência e mais de 1200 projetos executados, já desenvolveu e propôs soluções para diversos mercados. Para o setor elétrico, estamos atuando nas seguintes temáticas:
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