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Publicado em 13 de novembro de 2018

A transformação digital e o ritmo acelerado de inovação tecnológica estão causando uma verdadeira revolução na infraestrutura das empresas. Mais do que simplesmente adotar ferramentas mais sofisticadas em processos de produção, a própria forma de administrar os recursos está mudando — e a popularização do smart grid é um bom exemplo disso.

Esse novo modelo de distribuição de energia é uma tendência que já pode ser vista em crescimento. No entanto, mudanças tão significativas como essa naturalmente são acompanhadas de algumas dúvidas. Afinal, o que é smart grid e como funciona? O que muda na gestão da energia elétrica? Como o mercado brasileiro está reagindo?

Neste post, vamos tirar todas essas dúvidas e revelar de que forma isso impacta na atuação dos profissionais de TI. Confira!

O que é e como funciona a smart grid?

Smart grid é um sistema inteligente de distribuição e transmissão de energia elétrica. A “inteligência” dessa rede pode ser compreendida como uma alta capacidade de automação do funcionamento e da regulagem de seus parâmetros. O objetivo é otimizar ao máximo a eficiência operacional de todo o sistema elétrico.

Uma das características da smart grid é que, graças à tecnologia que a compõem, ela é capaz de atender às demandas tanto no âmbito do consumo energético quanto no desenvolvimento mais sustentável. Isso é feito por meio do uso de sensores, medidores e soluções de software que monitoram e autorregulam o funcionamento da rede.

Esses dispositivos permitem, por exemplo, a identificação de desvios de consumo e o envio de uma notificação para a equipe responsável. Assim, o desempenho da rede é monitorado em detalhes e em tempo real, possibilitando a implementação de ações para evitar gastos excessivos ou mesmo para reduzir o consumo médio de energia.

Consequentemente, smart grid é um termo que vem se transformando em sinônimo de diferencial competitivo.

Como é o mercado do smart grid no Brasil?

Algumas distribuidoras de energia brasileiras alegam já contar com o sistema. No entanto, a implementação de smart grid ainda representa uma novidade para a maioria das empresas. O motivo é simples: trata-se de um processo de inovação em um setor que por muito tempo não passou por mudanças substanciais que fossem além da sua ampliação.

Entretanto, o cenário não é pessimista. Com os benefícios que as redes inteligentes tendem a proporcionar, investir na modernização da estrutura atual é uma questão de tempo — afinal, a otimização de desempenho e a redução de custos são fatores essenciais para qualquer empresa que busca se manter competitiva.

A possibilidade de adotar uma rede computacional para criar uma gestão mais eficiente dos recursos disponíveis leva qualquer organização a um novo patamar de qualidade em seus serviços.

A perspectiva é de grandes investimentos nos próximos 3 anos, o que deve alavancar o processo de inovação no mercado como um todo. Afinal, quem sai na frente tende a conquistar um importante diferencial competitivo.

Como a smart grid está mudando a gestão da energia elétrica?

O primeiro grande diferencial, do ponto de vista de um sistema já implementado, é sua capacidade de lidar com falhas. Isso não significa que uma rede inteligente seja simplesmente infalível, mas é mais tolerante. Em outras palavras, a smart grid é mais robusta e, por isso, está mais preparada para reduzir os impactos negativos de um incidente.

A sociedade passa a contar com uma rede que apresenta menos problemas — e mesmo quando isso ocorre, a capacidade de reação para solucionar uma falha e amenizar os danos é bem maior. No entanto, a distribuição de energia deve ser tratada como parte de um sistema mais amplo e tecnológico.

Por se tratar de uma rede integrada a soluções de software, a smart grid terá o profissional de TI como parte importante da equipe de implementação, operação e manutenção da rede.

Afinal, é preciso estabelecer os parâmetros de funcionamento, monitorar constantemente o sistema e gerenciar os equipamentos implantados. Além disso, a tendência é que haja uma integração crescente com uso de Big Data, Machine Learning e Internet das Coisas (IoT) para otimizar ainda mais o desempenho da rede.

Um bom exemplo de atividade necessária e intrínseca à adoção da smart grid é a segurança da rede. Pouca gente costuma dar a devida atenção ao assunto, mas uma rede de inteligência conectada exige uma série de cuidados com a cibersegurança.

Não é viável ter uma rede realmente smart se toda sua infraestrutura for mantida offline. O ponto-chave da integração dos sistemas e do trabalho em tempo real está na conectividade — e isso é feito por meio da web, dando margem para ataques direcionados e tentativas de invasão do sistema.

Grosso modo, é como se a gestão da distribuição de energia passasse a fazer parte da rede interna da empresa. Da mesma forma que um ataque pode infectar ou sequestrar dados dos servidores, eles podem prejudicar e até mesmo sabotar o funcionamento da smart grid.

No entanto, isso não significa que a tecnologia é uma grande porta aberta para cibercriminosos. A equipe de TI deve assumir entre outras funções a de implementar e gerenciar uma infraestrutura de cibersegurança eficiente. Tecnologias como o Blockchain estão à disposição para fortalecer essa proteção.

Assim, todo o potencial da smart grid pode ser usado com um nível adequado de segurança para as operações — um objetivo compartilhado pela Indústria 4.0 ou mesmo empresas que estabelecem negócios no ambiente virtual.

Quais são os benefícios para os consumidores?

Todo aumento na eficiência operacional traz um impacto direto na competitividade daquele nicho específico do mercado. Aqui, a tolerância a falhas gera um aumento significativo na disponibilidade da rede, ou seja, o número de paradas e de instabilidade tende a ser reduzido.

Uma perspectiva ainda mais interessante é a da prestação do serviço de forma personalizada para cada usuário. Isso depende da evolução da smart grid para um modelo em que o consumidor possa tanto consumir quanto produzir energia.

O monitoramento dos microgeradores dá uma margem de trabalho mais segura para as distribuidoras e o usuário que produz energia conquista um a redução de custos ainda maior. Indo além, a própria gestão de consumo interna se torna mais eficiente.

Uma smart grid aplicada a uma planta de uma empresa pode identificar, por exemplo, se uma lâmpada específica queimou. A notificação é enviada então para a manutenção ou a gestão de facilities, que solicita a troca imediatamente.

Consequentemente, é possível investir em manutenção preventiva em vez de corretiva, gerando uma cadeia de benefícios em diversos níveis operacionais.

Como você pode ver, trata-se de um processo de inovação que representa o futuro da distribuição de energia. Faça uma análise da estrutura atual da sua organização e veja como a smart grid pode elevar a gestão desse recurso a um novo patamar de qualidade!

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