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Publicado em 08 de março de 2019

O grande crescimento dos centros urbanos tanto no Brasil como no mundo todo tem aumentado a busca por soluções que possam simplificar a rotina das pessoas, além de tornar mais relevante a procura por sustentabilidade. É nesse sentido que preocupações a respeito de como produzir mais energia usando a mesma matriz energética se tornam cada vez mais comuns. Apurar inteligência ao processo de distribuição, de produção e de consumo a partir de redes inteligentes pode ser uma ótima saída.

Se todos os aspectos da nossa vida têm ganhado inteligência, indo dos automóveis até as cafeterias, por que as nossas redes que fornecem energia deveriam ficar de fora dessa evolução?

Se você quer entender mais sobre esse conceito, também conhecido como smart grid (em inglês), continue a leitura deste texto e aproveite!

O que são as redes inteligentes?

Foi por meio das redes inteligentes que a IoT (Internet das Coisas) se materializou, usando a mesma tecnologia em latas de lixo que avisam quando estão cheias, sensores que cuidam de irrigação de jardins, eletrodomésticos, câmeras que mandam alarmes e demais inovações.

A smart grid foi a primeira aplicação sobre a filosofia da IoT, pois os medidores se comunicam com outros equipamentos e tomam decisões.

Redes inteligentes é um termo utilizado para caracterizar a utilização de automação em redes de energia elétrica, onde equipamentos com telemetria podem ser operados à distância, realizando manobras na rede, proporcionando uma maior confiabilidade do sistema, redução do tempo de restabelecimento etc.

As smart grids são redes elétricas integradas a partir de telecomunicações, tecnologia, medição e automação, que proporcionam a transmissão e a distribuição de energia baseadas em informações em tempo real de toda a cadeia.

A atribuição de inteligência evita sobrecarga, reduz o impacto no meio ambiente, aumenta de maneira considerável a capacidade de atender cenários com fontes intermitentes e distribuídas de energia e melhora o serviço oferecido aos clientes.

Os consumidores vão receber medidores inteligentes que interagem com a concessionária em tempo real, garantindo que acompanhem pela internet ou de perto como a energia é usada em casa.

Além disso, vão poder abastecer seus carros elétricos com energia. São possibilidades de consumo mais consciente e bem mais econômico da energia elétrica que acabam contribuindo  também para a redução das emissões de gases de efeito estufa do sistema elétrico brasileiro.

Essa nova arquitetura de distribuição de energia elétrica é mais segura?

As redes inteligentes de energia asseguram uma arquitetura de distribuição elétrica muito mais segura, fazendo a conexão de todos os usuários da cadeia, além de proporcionar soluções mais eficientes, como consumo consciente e geração sustentável.

O conceito de redes inteligentes parte da ideia de que o fluxo de informações e de energia elétrica ocorre de forma bidirecional. Dessa forma, a energia gerada e distribuída tradicionalmente a partir de instalações das concessionárias vai poder, também, ser produzida e totalmente integrada às redes por meio de unidades consumidoras, como lojas, fábricas e residências.

A tecnologia permite o desligamento e o religamento remoto, além da detecção de falhas na rede. Assim, as concessionárias são capazes oferecer tarifas flexíveis e diferenciadas, dispensar os leituristas e, ainda, eliminar ligações clandestinas.

Por que precisamos dessas redes?

O sistema como um todo é afetado de forma positiva ao gerar menos energia, pois está sendo complementado com energias alternativas geradas pelo próprio consumidor. É bem provável que, em breve, poderemos contar um chaveamento da rede para atender clientes prioritários, utilizando energia renovável em situações de apagão.

As smart grids, famosas redes elétricas inteligentes, nasceram do casamento dos recursos comuns ao campo da Tecnologia da Informação (TI) com os sistemas de transmissão e distribuição de energia. Dotados desses novos automatismos e aparatos, esses sistemas acabam ganhando eficiência, reduzindo o desperdício de energia, além de possibilitar que o consumidor faça o acompanhamento e programação do quanto é gasto de eletricidade.

Essas tecnologias (sintetizadas nos medidores eletrônicos inteligentes), para a rede elétrica, permitem a entrada de microgeradores de energia (um exemplo são as casas com painéis fotovoltaicos), além de fazer a identificação, de forma quase instantânea, de problemas em seu sistema.

A adoção de redes elétricas inteligentes também vai incentivar um comportamento bem mais consciente por parte dos consumidores, que vão passar a interagir constantemente com a concessionária, sendo, portanto, parte importante do sistema.

Os desafios a serem superados são inúmeros, é claro. Porém, modernizar o processo de transmissão e de distribuição de energia, sem dúvidas, vai aumentar a eficiência da rede, resultando em um serviço extremamente mais confiável e bem melhor a um custo significativamente mais baixo para o consumidor.

Os medidores também vão contribuir para um empoderamento do consumidor, que vai se tornar um microgerador e ainda conseguir acompanhar o gasto de energia de sua empresa ou residência a partir de aplicativos ou de sites oferecidos pelas concessionárias. Sem contar que, com o estabelecimento de tarifárias distintas ao longo do dia, vai ser possível optar pelo melhor horário para usar os equipamentos elétricos que consomem mais energia.

Quais serão as principais mudanças com essa inovação e quais são os avanços no Brasil?

O avanço da tecnologia requer treinamento, no qual os profissionais que trabalham diretamente com operação e manutenção da rede precisam estar atualizados. As perdas também podem ser reduzidas ao implantar diversos equipamentos inteligentes com conectividade, verificando possíveis furtos de energia e infraestrutura.

Em relação à mini e microgeração, é necessário estudar o impacto que a geração de harmônicos traz no sistema e como solucionar o problema.

No Brasil, segundo pesquisa, as redes inteligentes ensaiam os primeiros passos em muitas cidades. A maior parte dos projetos é tocada dentro do programa de pesquisa e desenvolvimento da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). No Nordeste, por exemplo, uma das iniciativas, no arquipélago de Fernando de Noronha, é mantida pela Neoenergia.

As redes inteligentes consistem em fazer com que a infraestrutura elétrica seja modernizada para que possa, assim, acomodar a utilização de novas tecnologias que vão acontecer ou que já estão acontecendo, para tanto, em alguns casos, é preciso mais controle, monitoramento, comunicação, novas tecnologias para manejar redes e inteligência, para que todas as partes do sistema elétrico consigam funcionar de maneira confiável e eficiente.

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