Publicado em 20 de dezembro de 2018
Junto a emergente onde de novas tecnologias que prometem otimizar processos, a manufatura avançada tem tomado um espaço cada vez mais significativo no cenário da indústria nacional. Os motivos não são poucos: essa tendência pode impactar a economia de forma drástica (e positiva) em diversos segmentos, como os metalúrgicos, elétricos, alimentícios, mecânicos e muito mais.
Embora este conceito (associado ao novo cenário da indústria 4.0) nos remeta a uma ideia que lembra os filmes de ficção científica, estas inovações são cada vez mais reais, e exigem que as organizações contem com a automação industrial para atender novos tipos de demandas.
Neste post, você vai conhecer melhor essas grandes mudanças tecnológicas e sua relevância para o mercado de hoje.
Quem já é veterano no mercado provavelmente vivenciou diversas transformações em seu ambiente de trabalho. Há cerca de 30 anos, os aparelhos de fax e máquinas de escrever eram itens quase indispensáveis em qualquer escritório. Hoje, este mesmo espaço é dominado por computadores e outros dispositivos com acesso à internet.
Diversas mudanças como esta também transformaram as funções. Os datilografistas e telefonistas, por exemplo, deixaram de existir para dar lugar aos analistas de SEO e gestores de redes sociais. Estes ciclos de inovação, marcados pela transformação do modo de trabalhar, são denominados historicamente como revoluções industriais. Atualmente, estamos na quarta delas.
A era da mecanização (também conhecida como “indústria 1.0”) foi caracterizada pela primeira substituição de operários por máquinas movidas a vapor nas indústrias e fábricas, a partir de 1784. Depois disso, outros aparelhos surgiram, inclusive com força hidráulica, para facilitar as atividades repetitivas ou que exigem muito esforço.
A indústria 2.0 foi marcada pela ascensão da eletricidade. Em 1870, os motores elétricos já começaram a ampliar as taxas industriais de lucratividade, impulsionando os processos de produção em massa. Com isso, houve uma grande disseminação de utensílios domésticos e bens de consumo no mercado.
Conhecida como a “era da computação”, ou “era da eletrônica”, esta fase contou com o uso da Tecnologia da Informação para suprir a necessidade de processamento de dados em máquinas e modernizar ainda mais a produção. No fim da década de 60, surgiram as primeiras ferramentas com controle numérico e, com isso, puderam ser programadas para novas funções, de acordo com cada tipo de demanda.
No Brasil, o conceito de “indústria 4.0” ainda está engatinhando, mas em outros países como Alemanha e EUA, já está bem consolidado. Trata-se da revolução industrial mais atual, onde há uma integração avançada entre as máquinas e o processo produtivo.
Nesta nova era do conhecimento, a internet é protagonista. Com ela, várias tecnologias podem ser adaptadas para contexto industrial e os equipamentos se tornam mais autônomos, capazes de promover soluções e solicitar mudanças pela rede. O resultado é uma produção mais flexível e adaptada às demandas do mercado.
Em todas as revoluções industriais, é comum imaginar que grande parte dos trabalhadores seriam substituídos por máquinas ou softwares. A verdade é que, atualmente, as mudanças chegaram para aumentar a eficiência do serviço em vez de formar desempregados.
Neste contexto, a manufatura avançada é responsável por promover benefícios como a redução de custos, aumento da produtividade, melhora do controle de qualidade e rastreabilidade de defeitos (tornando o produto final mais competitivo).
Isso acontece porque, com a evolução da autonomia das máquinas, os fabricantes podem identificar desperdícios com mais facilidade e fazer previsões precisas sobre as operações em andamento. Eles também têm uma visão melhor dos problemas da cadeia de suprimentos, como níveis de estoque e status de entrega, bem como ciclos de demandas.
Com essas informações, eles podem reduzir os custos relacionados ao estoque excessivo ou ao volume de produção inesperado. Além disso, as tecnologias inteligentes automatizam a coleta de dados mais simplificados, para que os gerentes possam tomar decisões assertivas no momento certo.
A manufatura avançada é composta por uma série de tecnologias emergentes, que prometem inovar e dinamizar o ambiente de produção. Como insumo para esta integração, temos as seguintes frentes:
Os sensores e atuadores em máquinas estão cada vez menores e mais poderosos. Com a coleta e transferência de dados (seja para outros aparelhos, seja para pessoas) em tempo real, os processos logísticos tendem a se tornar mais eficientes.
Todos estes dados gerados e coletados por máquina fazem parte de uma onda gigantesca de informações. Por isso, algumas tecnologias específicas se encarregam da sua análise e armazenamento. O uso de soluções de Big Data permite a extração de fontes relevantes desses dados e a criação de padrões essenciais para o machine learning.
A Inteligência artificial é um facilitador-chave para a próxima geração de manufatura avançada na Indústria 4.0, pois ajuda no aprendizado dos requisitos de manutenção preditiva, possibilita a comunicação machine to machine e o planejamento da produção em tempo real.
Em um contexto de muitas inovações tecnológicas características da indústria 4.0, diversas forças econômicas e políticas do mundo inteiro já manifestam grande interesse na manufatura avançada.
Como era de se esperar, esta tendência também pode ocasionar mudanças no perfil do trabalhador. Os profissionais que atuam nas indústrias deverão ter um conhecimento mais avançado na área de Tecnologia da Informação para interpretar demandas, vincular sua tecnologia de operações aos sistemas de negócios e agregar valor à produção. Neste cenário, as capacitações mais disputadas estão na área de segurança de dados, DevOps e Big Data.
O esperado é que o investimento em TI, equipamentos e capacitações nunca deixa de ser uma prioridade nas empresas de grande porte. Não é à toa que este mercado recebe cada vez mais atenção no Brasil e no exterior.
Como você pode perceber, a manufatura avançada não é apenas uma forte tendência, mas sim uma necessidade para as indústrias que desejam se manter competitivas e produtivas no mercado. Se você gostou do post, aproveite para assinar nossa newsletter e continuar por dentro de todas as novidades do blog!