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Publicado em 16 de julho de 2018

Em todo o mundo, a indústria vem passando por uma nova fase de revolução tecnológica. A transformação digital traz uma série de modificações que impactam diretamente o setor, fazendo com que as empresas tenham que repensar suas estratégias de negócio. E é por esse motivo que a chamada Indústria 4.0 tem sido tão discutida.

Ainda assim, sua implementação representa um desafio para o mercado brasileiro. O movimento de busca por inovação tecnológica, entretanto, é cada vez mais uma questão de sobrevivência. Por isso, tiraremos aqui algumas das suas dúvidas sobre a Indústria 4.0, explicando o conceito e mostrando como ele pode ser implementado. Confira!

Indústria 4.0: origem e definições

O termo Indústria 4.0 é uma referência à quarta grande revolução industrial pela qual nossa sociedade passa. A primeira foi marcada pela utilização do motor a vapor para inserir as máquinas em um sistema de produção em massa, transporte ferroviário e outras tecnologias das primeiras fábricas.

Na segunda e na terceira, o domínio sobre a eletricidade e a entrada dos computadores, respectivamente, criaram um cenário de automação industrial — um conceito de extrema relevância para o momento atual.

A Indústria 4.0, por sua vez, vem acompanhada da transformação digital e seus sistemas ciberfísicos. Na prática, as máquinas estão cada vez mais integradas com os computadores, que podem tomar decisões por conta própria ou recomendar ações que otimizam os processos industriais.

Assim, os dados se tornaram uma ferramenta que gera valor para os negócios. Quanto mais dados e capacidade de processamento, mais benefícios as empresas podem alcançar. Isso significa dar um passo além do que antes era possível apenas com o Computador Lógico Programável (CLP).

A digitalização da máquina representa um controle muito maior sobre sensores e demais funções, por meio de sistemas inteligentes. Os dados são coletados em tempo real e utilizados como fontes para tomadas de decisão, destacando-se sobre o feeling e agindo com base em informações estatisticamente mais confiáveis.

Para entender como isso funciona na prática, abordaremos alguns detalhes importantes sobre a Indústria 4.0.

As características desse tipo de indústria

Tecnologias como a Internet das Coisas (IoT) e o Big Data são extremamente úteis e importantes para a Indústria 4.0. A primeira permite captar dados diretamente nas máquinas, fazendo com que elas se comuniquem com um sistema central. O Big Data, por sua vez, é o armazenamento de volumes gigantescos de dados para futuro processamento.

Se um sensor de uma máquina indica, por exemplo, uma vibração que foge do padrão esperado, um software de analytics identifica esse comportamento fora do padrão quando recebe os dados e, em seguida, pode gerar um alerta para que a equipe de manutenção possa atuar de forma preventiva, investigando o problema antes mesmo que ele ocorra.

Soluções inteligentes que utilizam aprendizagem de máquina e data science ganham cada vez mais espaço para atuar nas empresas. As tomadas de decisão passam a ser parte de uma rotina automatizada, pois os sistemas digitais assumem a responsabilidade de corrigir desvios e otimizar continuamente os processos industriais.

Até mesmo o planejamento pode ser explorado com mais eficiência e eficácia. Por exemplo, sua empresa pode até alugar um intervalo de tempo, no qual ela não produz, a uma força de trabalho terceirizada. Nesse sentido, as oportunidades tendem a se multiplicar.

É claro que, assim como qualquer mudança, a Indústria 4.0 traz uma série de novas prioridades. A cibersegurança, por exemplo, se torna uma questão de estratégia. Afinal, garantir a segurança e disponibilidade dos dados é fundamental para o funcionamento adequado das suas operações.

Outra questão importante é que a empresa assume características modulares. Em outras palavras, pequenas células de produção funcionam de forma orquestrada mas independente. O resultado é um layout adaptável, com um alto ritmo de inovação tecnológica e otimização dos recursos disponíveis.

Entretanto, esse seria o cenário ideal da Indústria 4.0. No Brasil, será preciso enfrentar ainda alguns outros obstáculos, além dos mencionados..

Os desafios de se atualizar no Brasil

Estejamos prontos ou não, a tecnologia vem se infiltrando nas empresas em todo o mundo. No Brasil, por mais que a maioria dos setores não esteja em uma busca acelerada por grandes inovações para bater de frente com o mercado externo, atualizar a tecnologia da indústria está se tornando uma questão de sobrevivência.

Quem conta com equipamentos mais eficientes tende a ganhar um diferencial competitivo. A IoT e o Big Data, por exemplo, são recursos cada vez mais procurados por empresas brasileiras. Basta ver o crescimento da dojot, a plataforma open source que visa facilitar o desenvolvimento em IoT no Brasil.

Entretanto, o parque fabril brasileiro se encontra em um estado de defasagem em relação à indústria mundial. Na agricultura, a entrada da IoT deve ser facilitada, pois as características de produção estão mais diretamente relacionadas aos equipamentos utilizados do que à estrutura como um todo.

A indústria, por sua vez, ainda precisa enfrentar um processo de renovação de equipamentos. No Brasil, muitas delas contam com máquinas de 20 ou até mesmo 40 anos. São as chamadas brownfields, que não estão prontas para adaptações que as integrem à Indústria 4.0.

O que mais encontramos por aqui é o Computador Lógico Programável (CLP), um sistema que por muito tempo foi o que havia de mais eficiente e que pode ser integrado a um sistema digital que aproveita seus dados.

Em geral, os principais desafios estão relacionados ao custo de um investimento em novos equipamentos e à insegurança dos empresários em relação aos sistemas digitais. A adaptação da indústria é simplesmente uma questão de tempo.

Passos para impulsionar a inovação

O investimento na renovação dos equipamentos é um caminho inevitável. Entretanto, o receio de muitos empresários é algo que merece uma reflexão. Afinal, em um mercado extremamente competitivo, investir pode ser essencial, mas nem sempre é algo acessível, principalmente em pequenas e médias empresas.

Isso mostra que uma participação maior do Governo é fundamental para viabilizar o avanço da indústria nacional. Seja por meio de programas como a Dojot, políticas específicas ou financiamento, o assunto sem dúvidas exige atenção dos órgãos públicos.

A educação é outro ponto importante. O profissional da Indústria 4.0 precisa contar com uma série de características e conhecimentos específicos que ainda são novidade em nosso país. Criar grupos de funcionários inovadores e criativos é essencial se uma empresa visa se adaptar rapidamente às novas demandas do mercado.

Portanto, é visível que um esforço coletivo ainda se faz necessário para que o cenário se torne um pouco mais atrativo. Muitas empresas brasileiras já demonstram interesse no perfil da Indústria 4.0, e o primeiro passo é investir na coleta de dados e na atualização do parque de máquinas para futuramente desenvolver soluções inteligentes permitindo tomadas de decisões permitindo tomadas de decisões mais eficientes.

Ao longo do processo, uma união da indústria com o Governo é crucial para que suas demandas sejam levantadas e ações estratégicas sejam executadas a nível nacional. Enquanto isso, insira a Indústria 4.0 nos planos de sua empresa para crescer ainda mais no mercado.

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