Talvez a palavra blockchain seja nova aos seus ouvidos, ou melhor, olhos, mas, se falarmos sobre bitcoin, provavelmente, você já ouviu falar. O que você deve saber é que a bitcoin é uma moeda virtual que faz sucesso desde 2008, ano do seu lançamento, pois pode garantir um dinheirinho a mais ou a menos na conta bancária, vai depender da sua estratégia de negócio. Mas, o que você não deve conhecer é a tecnologia que está por trás dela: a blockchain, considerada uma das mais importantes revoluções tecnológicas dos últimos anos. Empresas de todo o mundo estão em busca de conhecer mais sobre essa tecnologia e saber como usá-la para alavancar seus negócios. E é sobre isso que vamos abordar neste conteúdo!
O que é blockchain?
Para facilitar o entendimento, veja a historinha:
“Um cliente em um supermercado quer se certificar sobre a origem e que a data de validade do produto que ele quer levar não foi alterada. O mesmo, por meio de um QR Code, consegue verificar todo o ciclo da cadeia de fornecimento, com a garantia de que as informações ali coletadas vieram de um sistema confiável, antifraude, com datas de vencimentos íntegras, com processos automatizados por smart contracts e com a segurança estabelecida pela tecnologia blockchain. Fim da história: o cliente leva o produto feliz!”.
A tecnologia blockchain nada mais é do que um livro de razão pública (ou livro contábil) que faz todo o registro de uma transação de moeda virtual, de forma confiável, segura e sem alterações.
De acordo com Alex Monteiro, analista de sistemas do Instituto Atlântico, a blockchain é um sistema descentralizado que é executado em uma rede P2P, em que, cada nó da rede possui uma cópia de registros (ledger) protegidos por criptografia e mecanismo de consenso, sendo também possível executar algoritmos ou aplicações de forma não centralizada. “É possível garantir o registro de informações como: a quantia de moedas virtuais transacionadas, quem enviou, quem recebeu e quando essa transação foi feita, por exemplo. A transparência é um dos principais atributos da blockchain.”, explica.
Como funciona
Em uma blockchain todas as transações são armazenadas em blocos que passam pelo processo de validação em que o algoritmo é executado e, ao fim, é gerado um número hash para o bloco, levando em consideração todas as informações contidas no bloco como transações, timestamp (carimbo de tempo) e hash do bloco anterior. Confira na figura abaixo.
Perceba que cada bloco possui um link com o bloco anterior por meio do hash do bloco anterior. Aí é que está o grande segredo da blockchain, pois, caso algum dado do bloco seja alterado, todos os demais blocos posteriores também serão alterados, pois os dados (incluindo o hash do bloco anterior) implicam na formação do hash.
Alex explica que, neste caso, é necessário que haja o processo de validação novamente, não apenas de um bloco, mas de todos os demais blocos posteriores e, para isso, é preciso um alto poder computacional e consumo grande de energia, o que torna a tentativa de ataque “impraticável”. “É por essa razão que os dados de blockchain são considerados imutáveis, seguros, confiáveis e os participantes podem ter sua privacidade preservada. Você pode ficar tranquilo com a garantia de estar recebendo dados corretos e pontuais e que seus registros confidenciais da blockchain serão compartilhados apenas com membros da rede a quem você concedeu acesso específico.”.
Na rede P2P, cada nó possui uma cópia atualizada dos registros que ficam armazenados em um livro razão, chamado de ledger, que é uma das características de uma solução descentralizada, em que, não apenas os “nós” possuem uma cópia fidedigna dos dados, mas, também, tem a capacidade de executar algoritmos ou códigos via smart contracts (contratos inteligentes), que são protocolos que executam códigos de computador para um determinado fim (regras de negócios, validações, emissões e etc.).
Garantia de segurança e eficácia
A natureza confiável da Blockchain despertou interesses de pesquisadores, startups e grandes empresas que enxergaram benefícios além do universo das criptomoedas.
Por esta razão, outras plataformas de Blockchain como Hyperledger Fabric e Corda foram criadas sem a necessidade de haver o uso de uma criptomoeda e já nasceram com o foco em levar soluções para o mercado corporativo, incluindo a possibilidade de redes P2Ps privadas ou permissionadas. “Diferente das plataformas Bitcoin e Ethereum em que qualquer um pode participar da rede (não-permissionada), as redes permissionadas controlam o acesso à rede através de algoritmos, listas de controle de acesso e certificados digitais, o que traz um cenário mais controlado e privado para o mercado corporativo”, esclarece Alex.
Com a evolução da tecnologia Blockchain e inúmeros investimentos em pesquisas e projetos pilotos, muitas possibilidades estão sendo exploradas como, por exemplo: o uso de criptomoedas como moeda, registros de ativos digitais e materiais, identidades de pessoas e objetos, controle de acesso, pagamento e transferências, registros de informações críticas, emissão de diplomas, registro de direitos autorais, suplly chain (cadeia de fornecimento), segurança, privacidade, automações de processos e várias outras. Além disso, a adoção de blockchain com outras tecnologias emergentes como IoT, Inteligência Artificial e 3D estão sendo exploradas.
Apesar das possibilidades apresentadas por essa tecnologia, Alex alerta que é preciso explorar com responsabilidade, pois ainda há desafios tecnológicos a serem superados.
O Instituto Atlântico é especialista em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Além de entender como a blockchain funciona, desenvolve análises de viabilidade de adoção da tecnologia, além de, quais plataformas são mais adequadas ao cenário do problema para ajudar seus clientes a alcançarem a excelência em suas operações e a desenvolverem novos modelos de negócios disruptivos.
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